quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FORMAÇÃO CONTINUADA: PLURALIDADE CULTURAL

A coletânea de vídeos a seguir não se destina aos alunos. Tratam-se de temas voltados para professores que desejam complementar sua prática pedagógica, na perspectiva de uma formação continuada; ou para equipes pedagógica e diretiva que queiram elaborar propostas de aprofundamento (em grupos de estudos, por exemplo) junto aos professores de sua unidade.
NOTA 10 - A COR DA CULTURA – dvd 6 – vol II

Série que traz reportagens sobre experiências educacionais bem-sucedidas no país. Com
formato de road movie, a série acompanha as viagens de Alexandre Henderson, que mostra as inovações das práticas em sala de aula. A nova série integra o projeto A Cor da Cultura, cujo objetivo principal é a valorização da cultura negra. Assim, os episódios buscam inspirar educadores a colocar em prática a Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira.
Duração: 5 episódios de 30’
Realização: Canal Futura. Brasil, 2005

África no currículo escolar - No episódio, dois projetos mostram como se pode contar de
forma diferente a história da África na escola. Um deles usa o desenho “Kiriku e a Feiticeira”. O outro utiliza a expressão teatral e a discussão sobre temas polêmicos, como as cotas nas universidades. São abordados o projeto Educar para Igualdade Social, em Aquidauana (MS) e a Escola Municipal Gen. Álvaro da Silva Braga, em São Paulo.
2. Material didático - O tema desse episódio é a representação dos negros no material didático. Geralmente, eles são retratados como escravos ou desempenhando funções inferiores. O programa apresenta dois projetos nesta área: Preconceito e Discriminação - Passado e Presente, da E.M.E.F. João Alves dos Santos, de Campinas (SP) e o Contando a História do Samba, da Escola Municipal Marlene Pereira, de Belo Horizonte (MG).
3 - Igualdade de tratamento e oportunidades - O apresentador questiona as qualificações
necessárias na busca de emprego. Por trás da exigência de boa aparência, pode estar implícita uma ação discriminatória. Os projetos abordados trabalham com a questão da igualdade de tratamento. São o Projeto Íbamo, do C.E. Guadalajara, de Duque de Caxias (RJ),e o Projeto Raiz, da E.M.E.F. Madre Maria Emília do Santíssimo, de São Paulo (SP).
4. Corpo - É possível ver numa radiografia se a pessoa é negra? Somos diferentes por dentro? Alexandre Henderson levanta o tema corpo. Desta vez os projetos se referem à educação infantil. Há confecção de bonecas negras, peças teatrais em que os negros são heróis, entre outras ações. Escolas visitadas: Creche Comunitária Caiçaras, de Belo Horizonte (MG), e CEMEI - Margarida Maria Alvez, de Campinas (SP).
5. Religiosidade e cultura - O episódio revela qual estado do país tem mais adeptos de religiões afro-brasileiras. O primeiro projeto apresentado é o Educafro - Educação e Cidadania deAfrodescendentes, que oferece cursos pré-vestibulares em cinco estados do país. A segunda experiência, da Escola Municipal Anísio Teixeira, Rio de Janeiro, mostra como valorizar a cultura afro-brasileira na escola, de forma simples e criativa.

MOJUBÁ - A COR DA CULTURA – dvd 27 – vol II
Uma ampla pesquisa sobre o Candomblé no Brasil, orientada por especialistas, deu origem a essa série, com formato didático-documental que reúne depoimentos de pessoas conhecedoras do assunto, seja pela prática da religião ou pelo estudo da mesma. Os relatos situam o Candomblé e a Umbanda no país, abordando aspectos históricos, etnográficos e religiosos, entre outros. A série mostra como as práticas do Candomblé variam nas regiões brasileiras e revela de que forma a sociedade incorporou elementos dessa religião.
Duração: 7 episódios de 30’
Realização: Canal Futura. Brasil, 2005

1. A fé - O episódio aponta as diferenças entre as tradições religiosas de origem africana, mostra a luta de seus seguidores contra a perseguição e relata a conquista da livre expressão religiosa. São apresentadas também as influências européias e indígenas nos cultos afrobrasileiros. Ayê, como é chamado o mundo na língua iorubá, pode ser o lugar do encontro e da celebração das diferenças.
2. Organização - O programa mostra como se estruturam as religiões afro-brasileiras e nos conta sobre a origem desses cultos no Brasil. A fé na força dos orixás foi trazida por nossos ancestrais africanos e é preservada pelos atuais seguidores. O telespectador experimenta um novo olhar sobre o mundo, no qual tudo é movimento e onde não existe bem ou mal, mas integração e complementaridade nas diferenças.
3. Meio ambiente e saúde - “Sem folha não existe orixá, sem orixá não existe folha”. A natureza
apresenta-se como veículo de manifestação divina, portanto é importante respeitá-la. Neste programa são reveladas as relações das religiões de matriz africana com a natureza - traço em comum com as culturas indígenas, incorporadas pelos cultos afro-brasileiros.
4. Influências - Os quitutes do tabuleiro da baiana, os sons e cores dos blocos de afoxé, os movimentos das danças populares e os detalhes de nossas vestimentas provam o quão próximos estamos da África. No quarto episódio da série, vemos como nosso cotidiano foi enriquecido pela tradição religiosa africana e percebemos que a distância que separa os continentes não afasta as culturas.
5. Literatura e oralidade - Cada orixá tem sua história, cheia de sentimentos. Amor, ciúmes, vaidade são alguns dos ingredientes das narrativas orais da África. Construímos uma literatura enriquecida por palavras de origem africana e por um olhar negro sobre o mundo, que serão mostrados neste episódio. Luiz Gama, Lima Barreto, Cruz e Souza e Solano Trindade são alguns dos expoentes das letras que provam essa influência.
6. Quilombos - O programa mostra a trajetória de resistência de muitos negros, cuja luta pelo sonho de liberdade sustentou quilombos e motivou muitas rebeliões. Ganga Zumba, Zumbi, Luiza Mahin e Cosme Bento das Chagas são alguns dos nomes que escreveram essa história, ainda presente na memória e na atual resistência de remanescentes quilombolas.
7. Comunidades e festas - Os deuses dançam e celebram a vida, assim como aqueles que acreditam nestas entidades. As festas em grupo, o som do tambor e os movimentos da dança podem ser instrumentos de oração e reverência às forças espirituais. O episódio apresenta os cultos africanos e revela como o divino se manifesta na comunhão da alegria e na vida festejada na companhia do próximo.

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